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Automóvel, um verdadeira arma na mão.

            Recentemente foi divulgada uma constatação na qual os acidentes de trânsito matam mais que homicídios em São Paulo, e não é para se alarmar, pois com o início da “lei seca” achava-se que as pessoas ficariam mais conscientes do perigo que é dirigir embriagado ou com altos teores de álcool no sangue.

            Nesta semana ficamos horrorizados com o acidente envolvendo um motorista embriagado que trafegou por mais de 20 km na contramão da Rodovia Raposo Tavares até causar a colisão frontal com outro veículo, matando um casal e ferindo sua filha.

            Acontecimentos como este, certamente, nos faz refletir se o Código Nacional de Trânsito é eficaz, se as penas aplicadas aos infratores são brandas, ou o que precisa ser feito para acabar ou amenizar esses trágicos acidentes.

            De certo, o motorista que for flagrado dirigindo com mais álcool no corpo do que a legislação permite, respondem a processo criminal, podendo ser condenado a pena que varia de 6 meses a 3 anos.

            Entendo ser muito branda a penalidade na qual o causador do acidente com vítima fatal responde por crime culposo (quando não há intenção de matar), pois se o motorista, sabendo que iria dirigir, toma doses de bebidas alcoólicas, assumiu o risco e deve responder  por crime doloso (quando há intenção de matar), afinal, um automóvel conduzido por um motorista irresponsável é a mesma coisa que uma arma na mão dele.

            São corretas as iniciativas no sentido de orientar: “se beber não dirija”, “se beber vá de táxi, ou de carona”,  mas se a iniciativa não partir do motorista envolvido, de nada adiantará, pois acontecerá da mesma forma quando são feitas campanhas sobre drogas, se não houver a conscientização do drogado que ele quer ser ajudado, serão providências inócuas, sem resultado prático.

            Acho mais, no início da “lei seca”, o que se ouvia era que estava ocorrendo uma blitze ali, outra acolá, mas e agora? Onde ocorrem as blitzes?  Nossas autoridades policiais e de trânsito precisam agir com mais rigor e se não estão aparelhadas, devem colocar a “boca no trombone”, afinal somos cidadãos, pagamos nossos impostos e temos o direito de passear com nossa família em nosso carro,  cientes de que não mais acontecerão acidentes absurdos como o ocorrido na rodovia Raposo Tavares ou ainda aquele caso do pai passeando com seu filho numa praça em Carapicuíba, cujo veículo era conduzido por um irresponsável que já fora preso várias vezes pelo mesmo motivo (embriaguez e inabilitado para dirigir).

            Não podemos nos calar diante dos acontecimentos, devemos cobrar das nossas autoridades mais providências, mas não devemos esquecer que educação no trânsito começa também em casa, orientando seus filhos para que, ao chegarem na idade adulta e aprendam a dirigir que sejam responsáveis e não façam de seus veículos uma verdadeira arma pronta para matar, ou morrer por causa dela.

            Sejamos cidadãos conscientes, afinal, exercer a cidadania vai muito além do simples fato de cobrar providências das autoridades. Façamos nossa parte.