A cada dia me convenço que a moral, a dignidade e a reputação das pessoas está cada vez mais em baixa, principalmente quando vemos ou ouvimos relatos sobre os desmandos ou atitudes tomadas por pessoas integrantes de entidades que deveriam dar o exemplo.
E quando se aproxima as eleições, é visível o aumento de denúncias, de vazamento de informações, quebras de sigilos fiscais, atos de corrupção, e todos os demais tipos de crimes praticados por pessoas inescrupulosas que, para atender a interesses dos “poderosos” ou não, se vendem, deixando para um segundo plano tudo o que julgamos mais importante na vida, qual seja, a dignidade, os valores morais e éticos.
No dia 16/09/2011, em depoimento, de mais de cinco horas, à Polícia Federal, a funcionária pública da Receita Federal Adeilda Ferreira dos Santos, confessou que, juntamente com outros colegas de trabalho da Agência da Receita Federal de Mauá, fazia parte de um esquema de venda de informações e disse mais, que recebia entre R$ 100 e R$ 200 de contadores e despachantes para fornecer tais informações, entre elas as informações da filha e do genro do candidato à Presidência José Serra.
Independentemente se houve ou não motivação política para o caso, é certo que a quebra de sigilo fiscal somente deve ocorrer por decisão judicial, haja vista que a Constituição Federal em seu artigo 5º., inciso X assim estabelece: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”, e neste caso foi cometido crime e deve ser apurado e punido exemplarmente.
Outro caso que nos chocou, foi o escândalo, mais uma vez, envolvendo o Ministério da Casa Civil da presidência da República, onde foi relatado a suposta existência de “lobby” envolvendo o filho da ex-ministra Erenice Guerra (ex-ministra, pois logo após a denúncia, sob a alegação de que precisa de tempo para preparar sua defesa, a mesma pediu demissão) que cobraria a comissão de 5% para facilitar ou agilizar a realização de empréstimo de 9 bilhões de reais para a empresa EDRB junto ao BNDES, num valor de R$ 450 milhões de reais, e tal valor seria utilizado para pagar dívidas de campanha de candidatos ligados ao Governo Federal.
Como é difícil conviver com tantas denúncias fundadas ou infundadas, se tem ou não motivação política, mas certo é que devem ser investigadas e na hipótese de confirmadas, os envolvidos devem ser punidos.
Nos dias atuais, onde a internet, escutas telefônicas, gravações e outros meios são utilizados para vasculhar a vida e interesses das pessoas, não se pode deixar impune atos praticados para lesar o contribuinte, os trabalhadores, as pessoas de bem e principalmente utilizando dinheiro público, que deveria ser utilizado para melhorar o atendimento da saúde, educação e transportes do cidadão, entre outros.
Portanto, permanece uma questão: Será que o dinheiro compra tudo? Acredito que não, pois a dignidade, a reputação, a moral, são bens mais preciosos do que tantos bens materiais, e devem ser preservados, sendo inconcebível para o cidadão de bem, as práticas de venda de informações, favorecimento de poucos em detrimento da maioria, onde o poder econômico tende a falar mais alto. Pense nisso.
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